Deus sempre sabe o que é melhor para mim, ainda que eu mesmo(a) não saiba
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Quando não temos mais forças e rogamos ao Pai que nos realoque, surpreendemo-nos num confortável e alegre lugar.
Em momentos de fragilidade emocional, quando eu não sei dizer nem escolher o que é melhor para mim, eu me agarro à minha fé de que se eu não sei, Deus sabe, e peço que Ele faça o que é melhor, conforme a Sua vontade.
Em algumas temporadas, várias vezes, peço encarecidamente que Ele tome a frente dos meus dias, que me ampare e guie meus passos, porque existem momentos em que eu não sei para onde vou. E, sim, Ele me ampara, guia e cuida. Prova, se necessitas, é que aqui estou, viva, forte, persistente e conscientemente capaz de realizar tudo aquilo a que me propuser, não porque meus braços sejam fortes ou meu pulso seja firme, mas porque é Deus quem conduz meus dias.
Houve um tempo em que minha crença era diferente. Baseada em pedir e agradecer a uma figura que eu não tinha maturidade para reconhecer, grande era a distância, não da parte d’Ele, mas da minha, que não obstante minha mãe orientasse a buscá-Lo, e não o suficiente eu me colocasse em oração, a vida colocou-me de joelhos em súplicas para que Ele me auxiliasse. Tamanha era a minha solidão que, embora dezenas de pessoas me cercassem, eu sentia falta de algo muito maior e, nesses locais, eu pedia: “Deus, se é que de fato existes, acompanha-me.”
E, em verdade, eu digo: ao recolher-me segura em minha cama, era como se um abraço fraternal me acolhesse e afirmasse: “Está tudo bem agora, minha querida filha.”
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Assim eu fui compreendendo que aquele Deus a que minha mãe se referia não era uma ilusão do povo para sentir-se esperançoso ou uma fuga dos tempos difíceis em que vivia, mas a figura de um Pai bondoso e dedicado, sempre esperando Seus filhos voltarem para casa bem.
Tal como pais cuidam das feridas do filho, embora doloridos pelo tamanho das extravagâncias a que se submeteram, perdoam-nos e devolvem-nos ao mundo melhores, depois de verificarem ter aprendido dura lição, Deus cuida de nós. Ele nos dá o conhecimento e mostra o caminho, mas nem sempre o seguimos. Por vezes, somos tais quais o filho ingrato e rebelde, que deseja ir além das fronteiras que nos foram mostradas. E então somos feridos, às vezes, pelos espinhos; às vezes, pelas feras. Quando não temos mais forças e rogamos ao Pai que nos realoque, surpreendemo-nos em um confortável e alegre lugar, do qual, com consciência plena, nem nos julgamos merecedores.
Esse é o tamanho amor que Deus tem para conosco. Nada precisamos fazer para que Ele cuide de nós e ampare nosso caminhar, pois Ele permanece junto a nós, e então, no momento em que buscamos Sua presença, quando pedimos abrigo, o Seu manso coração nos dá descanso, ampara nossas fraquezas, dando-nos a paz que tanto procuramos.
Retribuir ao Seu amor, amar uns aos outros como a nós mesmos, não julgar, para que não sejamos julgados, e perdoar nosso próximo, como gostaríamos que nosso amado Pai nos perdoasse, não devem ser gestos tão difíceis assim.
Então, que façamos um esforço – jamais comparado ao de entregar seu Filho por nós –, usando do pensamento do saudoso Chico Xavier – nobre espírito que pisou neste mundo com a missão de nos falar sobre o amor –, de estar conscientes da nossa missão de sair daqui melhores do que chegamos.
Seguindo o exemplo de Jesus que, embora todo poder tivesse, se mostrou pequeno a fim de ser grande, recordemo-nos sempre a importância que temos para Deus e sigamos confiantes nas palavras de Jesus (João 14):
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